sexta-feira, 2 de outubro de 2009




















Albergue Solidão
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Quando em mim, a esperança habitava,
fiz da vida e da minha alma um albergue!
Deixava a porta entreaberta, sem nunca
me importar com quem por ela entrava...
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Queria somente que o amor chegasse...
Trazendo com ele na bagagem a alegria
de alguém que cuidasse do meu coração
e que verdadeiramente, a mim amasse...
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Muitos chegaram me oferecendo ilusão...
Mas poucos, alguma coisa me deixavam.
E como chegavam, partiam _ depressa!...
Esquecendo para trás saudade e solidão.
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Alguns, quando chegavam, nem se notava!
Partiam calados, escondidos como ladrões;
roubando de mim as migalhas de felicidade
que juntei e como um tesouro eu guardava!
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E o tempo, lento e cruelmente passou...
Vi morrer a esperança e também a ilusão.
O Amor? Não conheci. Ele nunca chegou!
A porta da minha vida, a muito tranquei...
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A chave? Não sei...Perdi. Pouco me importa!
Nem sequer mais ouço as batidas na porta!...
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(Ginna Gaiotti®)
Publicado no Recanto das Letras.
Código do texto: T1840219

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